Joaquim Cruz é o maior ícone do atletismo brasileiro de todos os tempos.

Joaquim Cruz é o maior ícone do atletismo brasileiro de todos os tempos.
Por incrível que pareça, começou no basquete e relutou em mudar para o atletismo. Mas quando o fez, colecionou vitórias.
Sentiu pela primeira vez a sensação de competir no atletismo ainda adolescente, quando um amigo, por brincadeira, o inscreveu nas provas do Campeonato Brasiliense Estudantil. Seu talento foi percebido instantaneamente pelo técnico Luiz Alberto de Oliveira.
Mas não foi fácil convencer o jogador de basquete a trocar os ginásios pelas pistas.
Mesmo conseguindo resultados excelentes já em suas primeiras participações em competições oficiais, Joaquim chegou a desistir, no final de 1978, aos 15 anos. Voltou para o basquete, mas os amigos insistiam em dizer que ele cometia um erro. Os conselhos, contudo, pareciam não abalar sua decisão. Até que um dia, em uma conversa com Luiz Alberto de Oliveira, o atleta finalmente se rendeu aos argumentos do treinador que garantiu: "Você terá mais chance de integrar a equipe brasileira de atletismo do que a de basquete". Finalmente convencido, o Brasil não corria mais o risco de perder um talento do atletismo.
No final de 1981, Joaquim Cruz foi para os Estados Unidos, acompanhado de seu treinador. O atleta já era respeitado pelos seus resultados no Brasil e no exterior.
A partir de 1982, Joaquim passou a morar, estudar e treinar em Utah, tendo como objetivo tentar uma medalha de ouro na Olimpíada de Los Angeles 1984.
Quando partiu para cumprir sua meta dois anos depois, o brasileiro já era apontado pela imprensa norte-americana como um dos favoritos para a prova dos 800m. Os jornalistas estavam certos.
O desempenho de Joaquim Cruz na pista do Estádio Coliseum, em Los Angeles, foi impecável. Mesmo tendo como principal adversário o inglês Sebastian Coe, recordista mundial da prova, o brasileiro não se intimidou e, da eliminatória à final dos 800m, correu sempre na frente, melhorando seu tempo. Na eliminatória ele marcou 1min45s66, nas quartas-de-final, 1min44s84, na semifinal 1min43s83 e na final, o tempo que lhe rendeu o primeiro ouro 1min43s.
O atleta foi o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha de ouro olímpica em prova de pista.
Em Seul 1988, Joaquim Cruz conquistou outra medalha olímpica, mas desta vez a de Prata. À época, Joaquim encontrou explicação por ter sido surpreendido pelo rival. Segundo ele, o problema foi a desconcentração na reta final, quando desviou o olhar para o telão do estádio, certo de que havia vencido.
Atualmente, Joaquim Cruz mora nos Estados Unidos, em San Diego, e está fortemente ligado ao atletismo. Além de treinar um grupo de atletas e triatletas, que inclui a australiana Michellie Jones, prata em Sydney 2000, ele envolveu-se com vários projetos no Brasil. Um deles é o da equipe montada pela BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), que envolve 85 atletas. "O convite era para eu ser patrono do projeto, mas eu não queria ocupar uma posição simbólica, queria participar do desenvolvimento do atleta", explica.
Também coordena um projeto social em Brasília. "Acredito que a região tem um bom potencial, um ambiente organizado para a prática esportiva", afirma. "Sei que existem vários Joaquinzinhos perdidos por aí. Se eu não desenvolver um trabalho especial para despertar esses talentos, eles serão desperdiçados. Eu devo isso para a garotada".
A Palestra:
“Trajetória, Vencer é uma Escolha”
Histórias de sucesso são fruto de dedicação, atitude e planejamento. Este conjunto resulta em vivências e se traduz em desempenho e excelência. Como construir referências de sucesso por meio da integração do talento, pensamento e comportamento? Como manter uma conduta voltada para a busca da diferenciação, competitividade e dos melhores resultados?
A vitória é a construção de um caminho formado por decisões, atitudes e comportamentos.
Temas abordados:
Motivação, comportamento, concentração, disciplina, coaching e planejamento